Podem falar o que for do Rio de Janeiro, mas acho que não há um povo tão receptivo e atencioso quanto o carioca.
Muitos que acompanham o blog sabem que sou carioca, mas ando meio perdida pela cidade de São Paulo por quase exatos 2 anos. Porém essa semana estive no Rio em visita um pouco mais calma à família. Como eu tinha que resolver umas pendências no bairro da Urca, me atrevi a um passeio por esse bairro.
Alguns podem não saber mais a Urca é um bairrozinho que fica ali escondido entre Botafogo e Copacabana, atrás do shopping Rio Sul. É um local praticamente de universidades federais e áreas militares. Para os turistas em visita a cidade maravilhosa é parada obrigatória, pois ali fica um dos mais belos cartões postais do Rio: o Pão de Açúcar. Nunca tinha passado por ali, nem sabia como chegar direito (sim, meu povo, sou carioca e nunca visitei o “Sugar Loaf“). Com a companhia do meu irmão Leo, enfrentamos a pequena saga de como chegar nesse pedacinho da cidade com seu cheiro e sua brisa de maresia.
Posso dizer que para chegar e para sair da Urca tive ajuda de duas pessoas que, com a presteza, a hospitalidade e o bom humor típicos de cariocas, nos confundiram com turistas. Nem se ligaram no sotaque ou na ausência dele. Deve ter sido a minha cor pálida de anos sem ver uma praia.
É esse jeito do povo do Rio de Janeiro que eu sinto falta morando em São Paulo. Eles parecem mais alegres, mais hospitaleiros, mais prestativos. Eu não pedi a ninguém, simplesmente se prontificaram a ajudar. Não estou criticando e nem quero ofender, adoro SP e gosto muito do povo daqui. Com muitas exceções, acho os paulistas fechados e às vezes nada prestativos. Por outro lado, acho que é um povo mais civilizado e pessoas muito trabalhadoras.
Conversando com meu irmão, falei que se tivéssemos ido a outros lugares, teríamos encontrado mais pessoas com esse comportamento. E discutimos sobre a hospitalidade ou a falta dela em outras cidades em nosso país. No geral, somos um povo receptivo. O brasileiro gosta de receber e ajuda, tornando a estadia dos estrangeiros em nossas terras tropicais a mais agradável e interessante possível.
Depois desta quinta-feira e de toda confusão, estou cogitando seriamente a ideia de ir a praia e voltar a ter uma cor decente de acordo com os padrões cariocas.
6 Comments
Evellyn
21 de janeiro de 2012 at 00:07Ahh tb sou carioca mas ainda moro aqui!
E liga não, eu so fui conhecer o Pão quando fiz 15 anos! Assim como vc tem mts… Na verdade acho que o pessoal de fora visita mais o cristo e o bondinho que nós!
ão sei falar sobre essa hospitalidade pq sai daqui poucas vezes e mal lembro de interagir com gente de outro lugar!
Mas o Rio de Janeiro continua lindo (e infernalmente quente!)
bjs
hey Evellyn!
Karin
21 de janeiro de 2012 at 12:09Evellyn vou concordar com o “infernalmente quente”. Depois de um tempo morando em SP, a gente se desacostuma um pouco. Eu já fui ao Cristo, mas faz tanto tempo que nem posso contar muito.
Ainda pretendo ser uma turista na nossa cidade querida, tipo fazer vários passeios que só os de fora fazem.
Beijos
Danielle
21 de janeiro de 2012 at 10:57Menina!!!
tá na minha terra né?! Pelo visto está aproveitando o máximo que pode!Isso mesmo.
Bj e ótimas férias cariocas pra você!
Danielle
21 de janeiro de 2012 at 11:07Desculpe pela “minha terra”,rsrsrsrsrsrs
é NOSSA,com certeza,mas dizem que depois de um tempo afastado do seu nicho,você acaba perdendo um pouco da essência,besteira né?!Mas reforço o que digo,aproveite sua estada por aqui e se tiver um tempinho,visite a Biblioteca Nacional,a visita guiada nesses meses de Janeiro e Fevereiro é gratuita,eles mostram quase toda estrutura interna dela,vale muito a pena,é uma dica…
esse telefone(21 3095 3879) é da recepção,eu não lembro os horários,por isso caso queira ir,ligue antes para saber sobre os horários da visita,é isso.
Bjão
Karin
21 de janeiro de 2012 at 12:07Ai Danielle, obrigada pelas informações, mas já retornei a São Paulo. Passei em frente e vi como ela está linda.
Quando eu tiver a passeio mesmo pelo RJ e com tempo, eu juro que farei a visita guiada. É um ótimo passeio.
Daniela de Freitas Guedes
22 de janeiro de 2012 at 21:19Sabe, eu tenho uma história engraçada com o Rio. E um tanto frustrada. Há alguns anos atrás, meu pai teve a grande idéia de viajarmos para Angra. Não me empolguei. Estava com meus 13 anos, no auge da minha adolescência e tudo o que eu menos queria era viajar com os meus pais, principalmente para uma cidade que, ao meu ver, não tinha cara de programa de família. Mas comprei um bíquini, vesti um sorriso e entrei na van. Fomos em uma mini excursão para o Rio. A viagem foi ok, mas na volta, a “chefe” da excursão decidiu passar na capital, passar a tarde lá, ver o Cristo e voltar. Acontece que o motorista nem ninguém conhecia a cidade. Entramos no Rio, andamos muito e nos perdemos. Quase duas horas dentro da van, naquele calor, perdidos e cansados, vimos o Cristo de longe. Tentamos, tentamos, tentamos, mas não conseguimos chegar lá. Não havia GPS e o motorista parecia não entender as instruções que os moradores davam cheios de boa vontade. Fomos parar em Copacabana. Vimos a fachada do Copacabana Palace, almoçamos em um restaurante qualquer, andamos algum tempo pelo calçadão. As pessoas eram super simpáticas, receptivas. Falavam bom dia! Que diferença, hehehe. Meu pai disse que não tinha como ser mal humorado com uma praia daquelas. No final das contas, fizemos o motorista achar a estrada imediatamente, antes de nos perdessemos mais. Voltamos do Rio sem ver o Cristo, foi bastante frustrante. Deu muita vontade de voltar lá, mas ainda não tive a oportunidade. Continua sendo um sonho! Conhecer o Cristo de pertinho. (: