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Pessoal

Saudades de ti, vovó

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Saudades.

Essa é a única palavra que pode expressar esse sentimento que há um ano bate em meu coração quando me lembro de você.

Há um ano você se tornou uma estrela e que está nos iluminando com seu amor e carinho . Sua simplicidade era tão especial  que não dá para expressar em linhas e palavras.

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Sinto sua falta vó, de chegar em casa e correr para o seu encontro e te dar um  abraço e um “cheiro”. Eu ainda me pego querendo fazer isso às  vezes achando que você ainda está lá. Aprendi tantas coisas com você e só agora é que consigo perceber quais foram.

Te admiro por tantas coisas: por sua alegria e cuidado com suas “crias”, pela sua fé inabalável ou por simplesmente ser minha vó, que largou tudo para ficar com quem você amava.

_DSC0252 3 gerações em um sofá

Lembro de acordar em sua casa e aquele cheiro de café fresquinho e  você e vovô esperando na mesa com um copo duplo café com leite bem docinho acompanhado de pão com manteiga. Sempre pedia para esfriar a bebida e queria entender que mágica era feita para aquele café ficar tào gostoso.

Os finais de semana em sua casa eram perfeitos para uma criança. Lembro que você guardava um monte de potinhos para quando eu chegasse pudesse brincar de panelinha/comidinha com as crianças da vizinhança o dia todo. Ou quando você me colocava para dormir e ficava do meu lado até eu adormecer já que tinha medo de ficar sozinha. Falando em dormir, amava dormir em sua cama com aquele mosquiteiro rosa que eu achava o máximo. Me sentia a verdadeira princesa em um dossel.

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Lembro que quando criança, pedia para a fazer “galinha ao molho pardo” achando que isso era frango com batatas. Não importava você entendia o meu pedido e na hora do almoço sempre ganhava o pedaço mais gostoso. Sinto falta de você brigando por conta doa quantidade de comida em meu prato que era sempre muito pouca. Consigo até lembrar suas palavras. ” – Que comida de pinto é essa? Vai comer só isso. Vai acabar doente, menina!”. Sinto falta de você fazer tapioca para gente ou do cuscuz de milharina para o café da tarde.

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Nos dias de verão, ficávamos debaixo da amendoeira até o entardecer ou no portão até o anoitecer fazendo nada, conversando sobre tudo, “vendo a banda passar”, tomando uma fresquinha.

São tantas coisas, mas tantas que não cabem em um post ou em qualquer outra coisa.

Ai vó! Como sinto sua falta! Ainda me pego chorando pensando em ti, mas são lágrimas de saudades e de carinho que passa em um instante. A gente está aqui, seguindo seus simples ensinamentos em sermos felizes. Sei que está bem, em um lugar maravilhoso juntos dos seus que também viraram estrelas. Sei que um dia a gente irá se encontrar e poderei te dar novamente um abraço bem apertado e aquele “cheiro”.

Eu te amo! Nessas e em muitas outras vidas.

depois Essa é minha vó toda chique com seu modelito anos 60 (nos anos 60) e sua recém adquirida bicicleta. Amo essa foto!

About Author

Karin Paredes, 37 anos baixinha, tagarela, adora livros e bibliotecas. Bibliotecária, casada com o Eduardo e mãe da Caliope (calopsita). Carioca vivendo sonhos em São Paulo. Venham conhecer um pouco do meu cantinho de inspirações e alegrias.

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