Eu não sei vocês, mas não gosto muito dessa coisa de perder. Seja o que for: perder coisas, pessoas, o ônibus ou uma oportunidade. Mas parece que isso começou a se tornar rotineiro na minha vida. E não estou sabendo muito bem como lidar.
Comecei 2018 com gás total! Tinha refletido que quero tornar esse ano o mais produtivo possível e poder realizar alguns objetivos que já ando ensaiando algum tempo. Também quero fazer coisas que sempre tive vontade e nunca fazia por conta dos mais diversos motivos que não vem ao caso aqui.
Para isso comecei a me manter organizada e focada. O bullet journal tem me ajudado, apesar de ainda me ver meio confusa com minhas anotações e minha metodologia.
Mas aí minha gente, nada nessa vida é do jeito que a gente espera e coisas começaram a acontecer para testar a minha capacidade de auto-controle e otimismo.
Já falei que não gosto de perder coisas, né? Pois bem! No inicio do ano perdi um cartão de memória. O cartão de memória da minha DSLR. Desde a viagem para Orlando que eu estava tentando organizar os cartões das câmeras e nunca fazia. Aí em dezembro, consegui limpar e organizar esses cartões (dois apenas), colocar cada um em seu devido lugar, ou melhor dizendo em sua devida câmera, para mantermos um fluxo de trabalho decente e organizado. Mas quando voltei do RJ, cadê o cartão da T5i? Isso mesmo, perdido! Virei a casa toda de ponta cabeça, de cabo a rabo e nada do cartão. Simplesmente sumiu no ar! Até pedi a São Longuinho, mas não adiantou
Os vídeos da reforma do Studio? Perdidos! Os vídeos da transferência e arrumação da estante de livros no studio? Perdidos! Fotos de bookhaul e tantas outras coisas que nem me lembro mais? Também perdidos.
Eu fiquei em um estado de decepção, uma sensação de incapacidade, de não estar fazendo a coisa certa. Um “Onde foi que eu errei” total! E sabem o que isso gerou? Uma profunda bad, uma vontade de largar e parar de fazer todas as coisas que me dão alegria, que me dão prazer. De simplesmente não me aventurar nesses hobbies que me dão mais dor de cabeça do que satisfação. Viver a vida simplesmente para o trabalho e para as responsabilidades que pelo menos assim a gente não precisa lidar com a frustração. E não criamos expectativas
Mas aí os dias foram passando, as coisas foram acontecendo e o sentimento ruim foi sumindo. Encarei como algo que acontece, um infortúnio da vida que aparece para testar as nossas capacidades de frustração e resiliência. Comprei um cartão de memória novo e virei a página. Bola para frente!
Só que a vida, ahhhhhh! a famigerada vida! Ela não dá ponto sem nó. Ela não quer te ver plena. Ela quer ver sangue. Ela quer tiro, porrada e bomba. E essa semana aconteceu de novo.
Em menos de 7 dias eu consegui, receber e perder a carteirinha do plano odontológico. Carteirinha essa que nem usei. Eu simplesmente peguei o envelope guardei na bolsa e nunca mais vi ou dei falta.
E então chegou o dia que precisei da carteirinha. E cadê??? Pois é, novamente revirei a casa, de cabo a rabo em todos cantos, gavetas e pastas e não encontrei o bendito do tal envelope.
Mas a questão não é ter perdido e não encontrar. A questão é: o que está acontecendo que por mais que mantenho tudo organizado, processado e tabelado eu ainda continuo perdendo coisas? Eu continuo não sabendo onde foi que eu deixei, quando foi que eu vi pela ultima vez.
E bate um desespero, uma sensação de impotência. Um “Meu Deus, o que estou fazendo de errado?”. Eu sei que vocês vão dizer “Mas Karin, isso é normal, não dá para ser 100% perfeito“. Vai colocar isso na cabecinha virginiana que adora tudo no seu devido lugar e que anda aterrorizada ainda porque nem tudo tem seu lugar na sua casa por conta de não ter armários e guada seus pertences em caixas e malas.
É tipo: pra quê mesmo eu to fazendo essa porra toda de bullet journal, google calendar, Todoist e cara*** a quatro, se não consigo manter as coisas guardadas e organizadas nos seus devidos lugares?
O sentimento é muito ruim. Aí começa a passar um filme na sua cabeça. Que porcaria que eu to fazendo? Para que eu to fazendo essas coisas? Qual o propósito da vida? E tudo vira uma espiral de pensamentos, uma vontade de desistir de tudo, de largar os sonhos de mão. Parece até que tem algo que impede de ir para frente, de manter o sentimento positivo nas vida.
Já chorei, já fiquei estagnada olhando para o nada. Esses episódios de perda de controle geralmente me fazem perde a fé em mim, que sou merecedora de coisas legais na minha vida
Acho que escrevi esse textão mais para tentar acalmar o coração, o cérebro e a minha sanidade. Para expurgar toda essa vibe ruim que anda me rondando. A vontade é de gritar loucamente até não ter mais ar nas minhas células e depois passar o resto da semana na cama, vendo TV e jogando Candy Crush. Só que, sabe a vida? Aquela que já retratei ali em cima? Pois é, me impede de fazer isso, então seguimos trabalhando e buscando soluções para a substituição da tal carteirinha. Estou fazendo isso agora enquanto escrevo esse post (sim! eu faço 2 coisas ao mesmo tempo. Para ser sincera, to fazendo 3) A propósito, já até encontrei uma e que felicidade essa coisa chamada tecnologia, não é mesmo? Baixei uma versão dela para o celular. Espero que funcione. Porque o que me deixa mais zangada nessa história é perder algo que uso quase que 1 vez ao ano e depois fica lá na carteira sem uso, só ocupando espaço.
Agora estou bem! As coisas voltaram ao normal. A gente vai vivendo e depois nos damos conta de que tudo isso é só a vida sendo ela mesma. Não dá para ter controle. O cartão de memória e a carteirinha? Nem sinal de vida ainda.
♥
Mil beijos e até mais!
♥
8 Comments
Larissa Zorzenone
12 de fevereiro de 2018 at 23:49Oi Karin
Virginiana neurada desse lado da tela falando. Ano passado eu ganhei o noot que uso atualmente do meu marido. Antes eu usava o computador de mesa, mas pra ser sincera, não gosto de computador de mesa. Enfim, o noot tem leitor de cartão eu tinha uma caixa de email gigante. Ai eu pensei: Vou ver todos os meus emails e vou passar todos os ebooks de parceiro pra esse cartão pra eu poder ler depois no celular. E foi o que fiz, e no processo fui deletando todos os emails correspondentes. Ai eu guardei o cartão em algum lugar falando a seguinte frase: vou deixar aqui pra eu não perder. Resultado? Nunca mais achei. Eu tô planejando arrastar os móveis como método de desespero pra ver se acho algo, porque em baixo da cama não tá, mas pode ter caído atrás de alguma das cômodas e eu preciso achar esse cartão. Ele tá no adaptador, não é tão pequeno assim. E eu fico inconformada de ter perdido porque escolhi um lugar justamente pra eu não perder. Ai que ódio que eu tenho disso. Geralmente quando alguma coisa minha some, eu tô lá num dia qualquer fazendo outra coisa e acho o que perdi, mas esse tá difícil de achar e tinha coisas importantes… Ai que nervo Enfim, eu te entendo. Vamos dar a mão e ir ali no Starbucks tomar um cappuccino.
Um beijo enorme e já quero ver seu post sobre seu primeiro livro (pode ser primeiro livro lido, primeiro livro ganhado ou primeiro livro que te marcou)
Vidas em Preto e Branco
Karin Paredes
22 de fevereiro de 2018 at 07:34Larisa,
Com certeza, ele vai aparecer. Pode crer que estou na torcida para isso.
E vai ser quando menos você esperar.
A carteirinha já apareceu por aqui. Então ainda há esperanças!
Mil beijos.
Luma
13 de fevereiro de 2018 at 22:44Karin de Deus hahaha eu também sou assim, mas seguimos vivendo <3
Karin Paredes
22 de fevereiro de 2018 at 07:28Luma,
Tão bom saber que não estou só nessa jornada!
Seguimos em frente
Mil beijos
Clayci Oliveira
15 de fevereiro de 2018 at 09:16Não sei se dou risada ou se choro com essa publicação.
Acho que vou chorar mesmo, pq eu sou assim.
Vivo perdendo as coisas e já aceitei que o problema sou eu.. Agora fico imaginando a minha reação de perder meu cartão NOSSA hauhauahuahuahuahua.. Eu já perdi vários. O que faço agora é manter sempre limpo e jogo tudo na nuvem..
As carteirinhas da faculdade? A diretora já até enjoou de ver minha cara.. a Adm ficava na mesma sala que a dela e sempre que iá solicitar uma nova ela já sabia.. Teve um dia que ela me viu no pátio e perguntou.. perdeu a carteirinha de novo? haiuahuahuihauihauhauihauhaiha
Karin Paredes
22 de fevereiro de 2018 at 07:27Pode chorar, Clayci
Porque foi o que fiz.
Chorei, me descabelei. Depois me acalmei e segui em frente.
O que fazer? É a vida!
O que me deixou mais indignada comigo não foi o fato de perder. Isso acontece.
Foi que mesmo me organizando e me mantendo focada. Esse tipo de coisa ainda está acontecendo.
Aí é para de descabelar mesmo.
Adorei a história. Coisas para contar aos nossos herdeiros.
Mil beijos
Camila Faria
15 de fevereiro de 2018 at 12:12Ai, Karin… que coisa mais chata, já começar o ano nessa bad vibe. A sensação de perder coisas é realmente tristíssima. Comecei o ano perdendo todos os (milhões) de arquivos que estavam na área de trabalho do meu computador. Mil fotos, arquivos de trabalho, coisas que eu nem lembrava mais que estavam ali… Claro, eu deveria ter organizado e arquivado tudo antes disso acontecer, mas a gente só se dá conta depois que perdeu TUDO, né?
Torcendo aqui para as coisas melhorarem por aí (e por aqui também, né? hahaha!). Beijo, beijo :*
Karin Paredes
22 de fevereiro de 2018 at 07:24Mentira Camila!?
Cara, já perdi arquivo na área de trabalho também.
Mas isso foi há muitos anos atrás. Não havia muita coisa importante, mas tinha fotos legais de um período que não tenho mais os registros.
A carteirinha acabou aparecendo. Havia esquecido no dentista e eles guardaram para mim. Mas seguimos com o cartão perdido.
Estou na torcida para as coisas melhorarem por aí.
Mil beijos