Depois de alguns anos de vida a gente começa a entender a nossa mente:
- o que a gente gosta, ou não gosta;
- o que nos dá prazer ou não;
- aquela comida que nunca te apeteceu e agora não vive sem (com amor, Sr. bacon);
- onde é sua zona de conforto e onde fica o abismo da existência.
E uma coisa que aprendi com a minha mente e consequentemente com o meu corpo, é que eu odeio sentir aflição. No nível do pavor.
Sério, um dos sentimentos que mais me incomodam como ser humano é a aflição. Acho que por isso não curto filmes de terror. Aqueles nos quais as pessoas estão em situação de riscos, à beira da morte e cenas desnecessárias para o meu viver.
Tipo Jurassic Park. Não consigo assistir esse filme. A primeira versão, a as sequências. A nova versão. Não consigo assistir, simples assim. Quando vejo na TV, me bate um desespero por aquelas pessoas e as situações e ter que fugir para sobreviver. Ai gente, não rola!
Só para vocês terem uma ideia, não curtia (e continuo não curtindo) assistir Caverna do Dragão. Me dava dó daquelas crianças tentando voltar para o mundo delas, presas, sem respostas e sobrevivendo para encontrar o portal de volta para casa. E quando já estavam quase retornando uma bosta acontecia e voltavam a estaca zero. Era de matar esse coraçãozinho aflito. Eu simplesmente trocava de canal.
Esses dias li que acordar de madrugada é sinal de excesso de hormônio do estresse. Sou a rainha de acordar no meio da madrugada sem nenhum motivo aparente. Coisa que não tinha na adolescência. Nessa época tinha sonos tranquilos, leves e acordava apenas para ir ao banheiro e beber água. Duas coisas que raramente aconteciam. Raramente, raramente mesmo, tinha umas insônias. Aí, eu ia ler. Agora não. O sono é extremamente pesado. Apago, entro em coma, em questão de segundos e no meio da noite, tcharam! Acordo com todos os motivos possíveis: sede, ir ao banheiro, fome, desconforto, amassando o Eduardo, sonhos e, claro, pesadelos. A insônia é algo que não surge nas minhas noites de sono balzaquianas.
Ai, o motivo de estar escrevendo aqui: a noite que fui capaz de ter um pior pesadelo possível: aquele com aflição. Sim, minha gente! Sonhei que estava vivendo o filme Jurassic Park.
Já falei que não curto esse filme, né?!
Imagina, viver aquelas cenas, ter que correr, se esconder, parar de respirar para poder sobreviver? Gente, eu corria loucamente para não morrer. Sentindo tanto medo, tanta aflição, acordei no meio da noite me debatendo, gritando, suando que até o Eduardo, que acordou num susto, ficou preocupado comigo. Acordei chorando e tremendo. Mas o pior era ter aflição no peito, os braços gelados e a sensação que aquilo nunca iria passar.
É estranho esse sentimento. Estar aflita me incomoda, psico e fisicamente. Eu realmente me muito sinto mal. E em algumas das vezes, acabam afetando até a minha saúde.
Depois desse pesadelo, foi difícil dormir, porque as cenas iam repassando e a aflição não ia embora. Demorou um pouco para eu me acalmar e adormecer. No dia seguinte, a sensação ainda estava ali comigo, mas foi passando conforme eu fui ocupando a minha mente.
Aprendi com o tempo a detectar isso. Aflição e medo estão proporcionalmente relacionados e assim vou vivendo e descobrindo o que me incomoda e o que traz todo um mal estar, do mesmo jeito forma que acontece quando está passando Jurassic Park na tv.
♥
Mil beijos e até mais!
♥
2 Comments
Isa
6 de agosto de 2017 at 10:29a famosa AFLICETA né, hahahah! eu também fico extremamente angustiada com esses filmes, essas cenas de “prisão”, de correria etc. a gente tem que tentar acalmar os coraçõezinhos né amiga?
Karin Paredes
12 de agosto de 2017 at 21:42Isa,
Acalmar o coraçãozinho que é difícil, né! principalmente depois de um pesadelo desses.
Mil beijos